Sopro


Videoperformance em que cubro meu corpo com a poeira de uma estrada e busco lugar junto à vegetação que a margeia, também coberta pela poeira da mesma.

Ação realizada em São João del Rei, com duração de uma hora, registrada em vídeo digital, sendo este um recorte de 6 minutos e trinta e cinco segundos.

Agarrei-me à terra da estrada, joguei-a sobre meu corpo, deixei que caísse sobre mim, esfreguei-a para que permanecesse. Pintado de ocre, caminhei para junto daquele pedaço de mato que resistia entre a estrada e a cerca.

Espaço entre, dois domínios humanos, o dito público e o dito privado.

Esgueirei-me entre galhos buscando um lugar comum, um lugar onde estar, onde ser.

Neste trabalho, invisto meu corpo sobre a natureza, buscando propor um olhar possível sobre esse possível lugar.

De presença, de pertença.

E para talvez dizer: 'memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris'.