Poros
Toda uma cultura plural oriunda do cruzo sofre um velamento vinculado à normatividade, à disciplina e ao poder.
A série 'Poros' propõe o seu desvelamento.
Nesse conjunto de esculturas, pele e ferro se encontram.
Em seu corpo o ferro é proveniente de grades de segurança encontradas em residências, lugares públicos, fábricas e escolas.
A partir do gesto de apropriação e desmanche o que antes era grade ganha outra forma.
Em sua transmutação a sinuosidade nas formas é conduzida por aros, onde repousa agora a pele, o couro pertencido ao tambor ontem.
Nesse sentido, venho entendendo o tambor como um dos fios essenciais da cultura brasileira, presente nos ritos e nas festas.
Apesar de trazer elementos do tambor, o trabalho não é um instrumento e sim está situado entre instrumento e escultura.
É no 'entre' que o trabalho se apresenta como uma espécie de objeto fronteiriço.
https://www.instagram.com/tonilbraz/
Nasci e trabalho em Juiz de Fora, Minas Gerais, venho desenvolvendo minhas pesquisas e ações poéticas entendidas no campo das artes visuais desde 2013.
Com formação no bacharelado interdisciplinar em artes e design (2014), licenciatura no ensino de artes visuais (2015) e com especialização no ensino de artes (2018) ambos realizados na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), contando ainda com passagem na Escola de Artes do Parque Lage (2013).
Atualmente sou mestrando em poéticas visuais no curso de pós-graduação em Artes, Cultura e Linguagens (UFJF).
Em minha trajetória participei de várias exposições coletivas com destaque para o IX Salão de Artes de Itabirito (2020) sendo contemplado com prêmio de menção honrosa, além de duas exposições individuais com destaque para a instalação 'Um Lugar em Outro Lugar' (2016), projeto contemplado por lei de incentivo à cultura.
Em 2021 entre os meses de setembro e outubro participei do Salão de Arte de Vinhedo – SP.
Além de artista, atuo como professor nas escolas da rede pública de educação e espaços não convencionais.