Brasil, mostra tua cara!
A obra assume as influências da tradicional arte sanjoanense de confecção dos tapetes de serragem e areia, durante os dias da Semana Santa, e dos trabalhos de reorganização e ressignificação de materiais de Vik Muniz.
Para tal concepção, realizada no ano de 2017, diferentemente da serragem e areia, foram utilizados resquícios da vegetação típica do Cerrado e Mata Atlântica.
O desenho, surgido pela organização de folhas, procura mostrar o rosto de um índio, com o olhar incisivo e semblante desalegre, fazendo referência às improbidades que a Serra do Lenheiro (local de inserção do trabalho) e as primeiras comunidades que ali viveram (povos indígenas) experienciaram no processo de colonização.
A figura é uma homenagem aos nossos ancestrais, tendo como título a emblemática frase do refrão da composição 'Brasil', de Cazuza, de 1987 - canção tida como um protesto aos escândalos políticos, desigualdades sociais e injustiças vivenciadas em nosso país.
